VIDA FINANCEIRA E SAÚDE MENTAL
- Camila Tasca
- 11 de out. de 2022
- 3 min de leitura

E aí, mulherada!
Tudo bem com vocês?
Para o mês de outubro preparei uma série bem legal para que possamos relacionar vida financeira e a saúde mental.
Se ainda não ficou claro com os textos do blog, a cada mês tenho procurado encaixar temáticas do nosso dia a dia que nos mostram a importância de mantermos nossas finanças sobre controle. Nosso intuito aqui nunca é o de restringir gastos, mas sempre o de promover reflexão acerca daquilo que se compra, entender para onde vai o dinheiro, buscar compreender onde podemos melhorar e até de que forma podemos fazer uma renda extra.
Tudo isso porque olhando para cada pessoa como ser único, encontraremos infinitas formas de pensar finanças e o que dá certo para um pode não dar certo para outro. Então quero, na verdade, te ajudar a suspender o juízo de valor, o conceito de certo e errado, para analisarmos aquilo que funciona ou não dentro do seu plano de vida!
Ao relacionarmos finanças e saúde mental, tema ainda pouco falado ainda nos dias de hoje, podemos começar entendendo como se deu a formação estrutural enquanto sociedade de produção. Com a Revolução Industrial do século XVIII, os empregadores se depararam com uma classe de trabalhadores que nada possuíam para satisfazer as suas necessidades e por isso vendiam sua força de trabalho em troca de salários. Avançando um pouco na história, com a terceira revolução industrial, na década de 70, a mulher adentra mais no campo de trabalho, as faculdades começam a abrir suas portas e elas começar a ocupar cargos que antes pertenciam somente aos homens.
Com esse processo de ocupação da mulher, vem a já tão conhecida e vivida sobrecarga, pois apesar da mulher adentrar o espaço de trabalho, o homem não acompanhou a necessidade de contribuir fisicamente no lar. De acordo com alguns estudos, é saudável mental e fisicamente a combinação do trabalho dos papéis familiares. O aumento da renda pelo trabalho da mulher também pode ser motivo de equilíbrio e estabilidade no casamento, uma vez que há reduções nas preocupações econômicas, como cita Amato (2010, apud Papalia 2022). Porém, quando em desequilíbrio, há demandas extras de energia e de tempo, além de rivalidades entre conjugues e complexo de culpa por ganhar mais ou menos. E quando a renda total não é suficiente para o estilo de vida que se leva, os problemas se agravam ainda mais.
Quando escrevi sobre comunicação não violenta ao falar de finanças, a ideia era propor um preparo para esse assunto, pois o número de demandas só aumenta e é desproporcional ao tempo que temos em um dia para o devido cumprimento das tarefas. A sobrecarga gera um estresse que aliado a problemas financeiros podem agravar discussões familiares e, levando em consideração que cada um tem uma forma diferente de enxergar o dinheiro, é possível que as discussões levem a brigas irreversíveis, envolvendo inclusive os filhos.
Para além da renda familiar, mulheres que precisam se sustentar sozinhas e que passam por dificuldades financeiras sem rede de apoio podem também adoecer psiquicamente, então é fundamental que tentemos caminhar com previsibilidade nessa questão. Nas minhas redes sociais postei um vídeo que fala sobre passivos encobertos, importante para pensarmos em gastos que vão acontecer com o passar do tempo. Nossa saúde financeira de hoje tem a ver com nossa organização de ontem, controle, planejamento, previsões, tudo isso é importante para evitar o estresse. Ainda que não tenha dinheiro sobrando, se eu consigo me organizar com o que tenho, já fica mais fácil saber onde eu posso ou não aplicar a renda disponível.
Aproveitando a temática do mês de outubro quero fazer um super convite. Dia 19 de novembro eu vou ministrar um workshop de introdução a organização financeira por um valor mais acessível que as consultorias. Então para você que deseja saber por onde começar a organizar sua vida financeira, aí está sua oportunidade!
Fica da olho nas minhas redes sociais, que logo eu posto mais informações!
Vamos juntas?
Referências bibliográficas:
Papália D.E. & Martorell G. Desenvolvimento Humano. 14 ed. Editora Artmed, Porto Alegre, 2022.
Amei! Esse workshop era tudo o que eu precisava agora! 💛